A ideologia do Branding

A ideologia do Branding

O posicionamento de uma marca inserida em uma sociedade global e cultural, implica uma busca constante de diferenciá-la dos demais concorrentes do mercado. Esse processo é conhecido como gestão de marca, que engloba a ideologia ou a função que o branding possui para o desenrolar de uma marca.

O pensamento do olhar, da linguagem, das cores e signos, compreendem duas coisas: como a marca se porta e se apresenta para o público e; como os indivíduos que recebem essas informações visuais e linguísticas irão reagir. Se identificando ou não. Essas estratégias orientam o posicionamento da marca, a identidade visual e, acima de tudo, os valores e crenças transmitidos para o público.

Crenças do Branding

O emaranhado de crenças e orientações adquirem validade à medida que o universo é percebido e interpretado pela estrutura cognitiva dos indivíduos que recebem tais informações visuais e linguísticas, como havíamos comentado anteriormente.

A ideia que temos de ideologia do Branding vai além de um conjunto de pesquisas, identidade visual e logo. A ideologia segue como uma orientação que deve ser perpetuada por um grupo de pessoas, ou seja, os seus consumidores. Esse processo cria um sentimento de coletividade e pertencimento dos indivíduos.

Inclusive, o processo de branding e marketing implica principalmente no entendimento desses fatores para atingir uma comunicação direta e eficaz. A ideologia do Branding é, portanto, uma maneira de materializar explicações e sentidos para a vida, como os padrões, comportamentos e desconstruções em diferentes situações sociais.

As marcas precisam de uma ideologia para viver?

Segundo o portal de notícias, Gazeta do Povo: “Os consumidores vão além da proposta de valor, e sim por poder fazer parte de uma comunidade que se constrói ao redor destas marcas.”

Esse trecho extraído de uma matéria que conta sobre um apanhado de palestras em torno de aspectos como governança global e corporativa, explicam de maneira simples e direta que as marcas, independente de qual ramo sejam, precisam manter os pilares erguidos de sua ideologia de modo a construir e formar a sua comunidade.

Quando existem aspectos ideológicos presentes de uma marca, o relacionamento com o público-lavo torna-se cada vez mais saudável e íntimo. Quando esse compromisso parte dos valores da marca, ela consegue se mostrar ao mercado com forte personalidade e identidade.

Mesmo ciente de todos esses aspectos, as marcas acabam cometendo alguns erros no momento em que, de supetão, decidem fincar uma certa ideologia e posicionamento. Conforme diz o deisgner, Pablo Vinícius:” Uma atitude muito errada das marcas em relação às causas mais defendidas no momento, é querer construir uma ideologia de uma noite para outra, mas as coisas não funcionam bem assim. Como diria Stamilir: “conceitos não se decretam; conceitos nascem e florescem, com a mesma naturalidade de um lírio.

Casos marcantes

Existem diversos casos em que a ideologia do branding e das tomadas de posições das empresas saíram pela culatra. Um exemplo bastante interessante é o do sabão Omo, da marca Unilever. As propagandas e construções da imagem feitas pela marca, mostravam quase sempre, crianças brincando enquanto uma mulher, aparentemente feliz, lava roupas.

Em pouco tempo a marca decidiu abordar questões de gênero em suas propagandas, e o resultado foi uma completa rejeição pelo público. Se pensarmos que o público-alvo da marca são mulheres, de classe média, muitas vezes com aspectos da dita “família tradicional”, é obvio que a depender do conteúdo veiculado pela marca haveria um grande linchamento.

Um outro caso interessante que podemos abordar é o da marca de cosméticos Avon. Mesmo almejando mudar o seu posicionamento sobre questões sociais emergentes, a marca deu um tiro no pé. A marca lançou uma campanha em 2019 pedindo para que não chamássemos mais as meninas de princesas, ao invés disso a marca sugeriu para que o elogio “princesa” fosse trocado por forte, inteligente.

A questão contraditória da propaganda da Avon foi o fato de suas próprias contradições. Neste caso o anúncio se dizia contra elogios como princesa, porém suas revistas de produtos da sessão infantil utilizam princesas da Disney e layouts cor-de-rosa, colocando em xeque se o posicionamento é real ou apenas pura vontade comercial de atingir outros grupos sociais.

A ideologia do branding e das tomadas de decisões deve ser algo construído pouco a pouco, pois não se faz uma marca de posicionamamentos fortes da noite para o dia. O processo é lento, gradual, mas caminhando devagar, você consegue chegar lá.

Deixe um comentário
Categorias
Sobre a DnA

A DnA – DESIGN ‘N’ ANIMATION é uma agência digital e produtora de conteúdo audiovisual que trabalha no desenvolvimento de vídeos, branding e marketing digital.

Siga nossas redes
Posts Recentes