A onda minimalista nos logotipos de grandes marcas

Uso de Minimalismo nos Logotipos

O design minimalista se tornou uma tendência, após ser adotado por diversas marcas conhecidas, como a Coca-Cola, Adidas, BMW, entre outras. Essa estética, tanto em prática quanto em teoria, abraça a filosofia do “menos é mais”. O grande objetivo é facilitar para o nosso cérebro o reconhecimento da marca.

Em uma era de sobrecarga de informações, onde somos constantemente bombardeados nos feeds do Instagram, Facebook, WhatsApp e notícias que chegam a todo momento, os logos minimalistas destacam-se ao evitar elementos supérfluos, como múltiplas fontes, cores e formas. Eles encapsulam um conceito de design essencial que se adapta facilmente a diversos contextos e mídias.

O design minimalista

O design minimalista, embora relativamente recente em comparação com toda a história artística conhecida, tem suas raízes no final do século XX, com dois movimentos que compartilhavam princípios semelhantes: o “De Stijl” e a Bauhaus. Ambos enfatizavam a simplicidade, o uso de cores neutras, linhas retas, formas geométricas, poucos objetos e uma preferência por elementos naturais.

Em um cenário saturado pelos excessos da arte popular e do expressionismo, o minimalismo surge como uma alternativa que rejeita a sobrecarga visual característica desses estilos, optando por uma abordagem mais limpa e despojada. Enquanto o expressionismo se caracterizava pela mistura de várias informações visuais em suas construções artísticas, o minimalismo busca a pureza e a redução aos elementos essenciais.

A arte minimalista, portanto, enfatiza o uso de formas elementares, de preferência geométricas, rejeitando excessos metafóricos. Seu principal objetivo é apresentar a realidade física ao espectador, estabelecendo uma distinção entre fatos e emoções. A valorização das formas e cores é priorizada, utilizando-se da geometria e, por vezes, de repetições simétricas. Graças à sua abordagem geométrica, a arte minimalista pode manifestar-se tanto em formas bidimensionais quanto tridimensionais, ultrapassando os modelos tradicionais de arte. Por esse motivo, é amplamente popular e valorizada no meio artístico.

Quando aplicamos essa ideia ao campo das marcas e da identidade visual, percebemos que o design minimalista desempenha um papel crucial, simplificando e facilitando a compreensão da interface, proporcionando maior clareza à marca e referenciando seu negócio independentemente do contexto. O logotipo torna-se assim protagonista e deve ser estrategicamente desenvolvido, transmitindo uma sensação de versatilidade e adaptabilidade às tendências do mercado.

O design minimalista em relação ao digital

Plataformas como Instagram e Facebook desempenham um papel crucial para as empresas no cultivo de sua marca e na conexão íntima com seu público-alvo, por conteúdos envolventes e mensagens personalizadas que incentivam os usuários a interagir com as marcas. Essa capacidade de interação é uma qualidade distintiva das mídias sociais em comparação com formas de publicidade mais tradicionais, como televisão ou mídia impressa.

Com o aumento do marketing em redes sociais, muitas marcas adotaram estéticas específicas para atrair seu público-alvo. Nesse novo campo de atuação, o design minimalista se encaixa perfeitamente e, por isso, cresceu muito. Além disso, as plataformas digitais influenciam o visual de muitas marcas de e-commerce; a fotografia, os logotipos e o design da web estão agora fortemente associados às dimensões de uma tela.

Quanto à produção, vários designers concordam que, no contexto do minimalismo, quanto menos elementos um logotipo contiver, mais complexo e desafiador é seu processo de criação. Isso ocorre porque um conjunto menor de elementos dificulta impressionar e transmitir uma mensagem direta ao público.

Em 2021 assistimos à mudança de vários logotipos de grandes marcas. Por exemplo, a Nissan, que há 20 anos, conforme as tendências da época, possuía um logo de forte extrusão em 3D e baixo-relevo, agora busca explorar linhas finas e fusões de texto.

O logo do Ponto Frio, marca de eletrodomésticos, adaptou sua identidade visual colocando uma linguagem moderna, jovem e questionadora, focando em manter a comunicação digital objetiva, porém simples e interativa. Com isso, a empresa repaginou diversas do Brasil com a nova identidade, além de reformar todo material gráfico no interior das lojas.

Por último, a Warner Bros apresentou sua nova identidade visual visando diminuir problemas relacionados a autenticidade de suas produções e autoria de suas produtoras. O logo já bem antigo da Warner não estava sendo usado de forma consistente em todas as divisões da empresa, algo que o vice-presidente executivo de comunicações da empresa chamou de “sopa de logotipo“.

O novo visual é bem minimalista, apresentando letras redesenhadas em azul e equilíbrio de cores e contraste. O principal objetivo era que o novo logo fosse apresentado em todos os programas originais da marca, fazendo com que o reconhecimento da marca seja universal. Além disso, a estratégia dessa mudança é enfrentar a Netflix, Amazon e outros sites de streaming que estão dificultando as vendas e negócios da empresa hollywoodiana.

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