O metaverso está se consolidando como um dos cenários mais promissores para inovação digital e interação social. Mas, afinal, o que é o metaverso? Ele é um ambiente virtual colaborativo e imersivo, que conecta usuários por meio de tecnologia de realidade aumentada (RA) e virtual (RV). No metaverso, os limites entre o físico e o digital desaparecem, criando um novo universo de possibilidades.
Relatórios indicam que o metaverso pode gerar um impacto econômico de US$ 1,5 trilhão até 2030, com aplicações que vão desde entretenimento até educação e branding. Para as marcas, o metaverso representa uma oportunidade única de criar novas formas de engajamento e experiências que transcendem os canais tradicionais.
No entanto, estar presente nesse ambiente exige mais do que criar avatares ou abrir lojas virtuais. É necessário construir algo significativo, usando estratégias de branding que dialoguem com as expectativas de um público cada vez mais conectado e exigente.
A Origem do termo Metaverso
O conceito de “metaverso” surgiu em 1992, no livro de ficção científica “Snow Crash”, de Neal Stephenson. Na história, o protagonista Hiro Protagonist é um entregador de pizzas no mundo real, mas é um príncipe samurai no universo virtual chamado de metaverso. O termo capturou a imaginação de muitos como uma visão futurista do potencial da tecnologia.
Esse conceito ganhou força em 2021, quando o termo se tornou uma das palavras mais comentadas em artigos de tecnologia e startups. Nesse mesmo ano, a mudança do nome da empresa Facebook Inc. para Meta demonstrou as ambições do grupo de liderar o desenvolvimento dessa nova era digital.
Asim, o metaverso provou ser realmente um avanço tecnológico mundial. Enquanto algumas iniciativas enfrentaram resistência, outras marcas encontraram formas inovadoras de utilizar esse universo digital a seu favor. Essas estratégias bem-sucedidas mostram como o branding pode aproveitar o potencial dos ambientes virtuais para criar conexões profundas e memoráveis com seus públicos.
Casos de Sucesso de Marcas no Metaverso
Nos últimos anos, grandes marcas têm mostrado como o metaverso pode ser uma poderosa ferramenta de branding. A plataforma de jogos Roblox se destaca como o espaço preferido para alcançar públicos da Geração Z e Geração Alpha. Marcas de moda, como Gucci, Tommy Hilfiger e Givenchy, têm explorado esse espaço, criando experiências imersivas que vão de mundos virtuais temáticos até colaborações exclusivas.
A Gucci, por exemplo, lançou a Gucci Town no Roblox, um espaço virtual onde os usuários podem explorar ambientes inspirados nas coleções reais da marca e adquirir itens digitais limitados. Em um exemplo notável de valorização digital, uma bolsa virtual da Gucci foi vendida por quase R$ 22.000, superando o preço da versão física. Outro grande sucesso foi a parceria entre Gucci e Vans, criando um mundo co-branded que combinou o universo da moda com a cultura do skate. Além disso, celebridades como o jogador Jack Grealish participaram de eventos dentro do metaverso.
A Nike também é uma pioneira nesse campo. Em 2021, a marca lançou o Nikeland, um ambiente virtual onde os usuários podem participar de jogos, competir em desafios e vestir seus avatares com itens digitais exclusivos. Essa abordagem não apenas fortaleceu a presença da Nike no universo gamer, mas também consolidou seu vínculo com consumidores mais jovens, posicionando a marca como inovadora. Segundo dados da própria Roblox, mais de 70 milhões de usuários visitam esses universos digitais, destacando o imenso potencial de alcance dessas iniciativas.
Elementos do Branding no Metaverso
Criar uma estratégia de branding eficaz no metaverso exige adaptações significativas. Nele, os elementos tradicionais do branding – como logotipos e símbolos – precisam ser traduzidos para um ambiente tridimensional e interativo. Isso inclui pensar em como o logotipo será exibido em superfícies virtuais, como ele se movimenta em um espaço digital e até como interage com o usuário.
Além disso, a consistência é essencial. O público espera que a identidade visual e os valores da marca no metaverso sejam os mesmos do mundo físico. Por exemplo, se uma marca aposta na sustentabilidade como pilar de sua identidade, ela precisa refletir isso em seus espaços virtuais, talvez por meio de elementos como avatares ecológicos ou experiências virtuais de conscientização ambiental.
Outro conceito em ascensão no branding digital é a ideia de experiências phygital. Essas experiências buscam integrar o mundo real com o virtual, oferecendo ao consumidor uma jornada imersiva e interconectada. Um exemplo são as campanhas de lançamento de produtos que combinam itens físicos e virtuais: ao comprar um item no mundo físico, o consumidor desbloqueia uma versão exclusiva para seu avatar no metaverso. Marcas como Nike e Adidas têm se aventurado nesse modelo, criando eventos e lançamentos que unem ambas as realidades.
Ao contrário das plataformas tradicionais, o metaverso oferece um cenário onde a interação vai além de simples cliques e curtidas, permitindo que as marcas desenvolvam universos próprios e criem experiências que geram uma conexão emocional com os consumidores. As possibilidades de personalização e engajamento são quase ilimitadas. Com a contínua evolução de tecnologias, como inteligência artificial, realidade aumentada e blockchain, as marcas terão cada vez mais recursos para oferecer experiências únicas e personalizadas.
O metaverso pode ser uma grande oportunidade de estabelecer uma liderança na revolução digital que está por vir. As empresas e marcas que investirem nisso agora, poderão antecipar-se e estabelecer relações mais profundas e duradouras com seus consumidores. O futuro do branding no metaverso é promissor, e as oportunidades de inovar são imensas.