O poder do marketing no BBB

O poder do marketing no BBB

O Big Brother Brasil (BBB), reality show brasileiro transmitido desde 2000, alcançou o pódio das redes sociais apenas em 2020. O ano do início da pandemia de Covid-19 colocou todos em suas casas, e o BBB ganhou uma força tremenda em todas as redes digitais.

A cada episódio do reality, nomes de participantes, marcas e acontecimentos do programa viravão trends no Twitter, passando a ser um dos assuntos mais comentados nas redes por 3 meses consecutivos, segundo a Rede Globo.

Ao assistir BBB você já se perguntou o porquê do programa ser uma aula aberta de estratégias de Marketing Digital? Existem diversas lições que podemos aprender com o reality, e é sobre isso que vamos falar!

A virada de chave com o BBB 20

A ideia dos organizadores e produtores do BBB, em 2020, fora mesclar participantes famosos com os não famosos, pessoas comuns do dia a dia. Além disso, essa divisão foi feita em duas equipes, com o time Camarote e Pipoca, sendo o primeiro a ala dos famosos, e o segundo, dos não famosos.

Segundo dados do Diário do Nordeste, os não famosos tinham, antes do início do BBB, por volta de 200.000 mil seguidores, e os famosos somavam 22 milhões. No final do programa, os não famosos já somavam 29 milhões, e os famosos 64 milhões.

Os anúncios pagos da PicPay, por exemplo, renderam 2 milhões de novos usuários, e a C&A, em uma de suas primeiras aparições em uma das provas do líder, rendeu por volta de 300% de tráfego orgânico para e-commerce em seu site. É importante lembrar que esses dados prevaleceram devido à veiculação do programa na TV aberta, principalmente.

Branding e Marketing em Manu Gavassi

Desde que soube que participaria do BBB 20, a cantora Manu Gavassi realizou um planejamento de mídias sociais para os 93 dias do confinamento. Os vídeos foram gravados e postados em formato IGTV, com uma estética própria da cantora, tratando sobre diversos assuntos que aconteciam na casa, como prova do líder, anjo, paredão e até discussões ou brigas.

A interação com o público foi tremenda, e a equipe da cantora postou todo o processo em ordem cronológica, exemplificando um ótimo storytelling veiculado nas mídias sociais.

De acordo com dados do Pagar.me, a cantora ganhou por volta de 7,6 milhões de seguidores durante o programa, sendo 500 mil seguidores em apenas um só dia. Além dos fãs, outros internautas que começaram a acompanhar a participante, foram direcionados para a sua página no Spotify e no Youtube, onde, durante a edição, a cantora lançou um single chamado “Áudio de Desculpas”. Desde sua entrada no programa, tudo já estava planejado: estratégias de marketing e branding.

A reviravolta no BBB 21

A produção do BBB do ano passado decidiu seguir na mesma linha, colocando famosos e não famosos para participar do programa. Dessa vez, o elenco contou com a cantora Karol Conká, Fiuk, Projota, Viih Tube e entre outros.

A única diferença é que deste vez, as redes sociais se moveram em um movimento de cancelamento dos famosos, como aconteceu com Karol ConKá, que teve um dos maiores índices de rejeição do BBB. A partir disso, os não famosos, naquele momento, como Juliette e Gil, cresceram e passaram a ter uma incrível visibilidade e amor pelo público.

A futura famosa, Juliette, conquistou mais de 30 milhões de seguidores no Instagram, e Gil, que passou a ser conhecido como Gil do Vigor, por causa de uma de suas falas e ações durante a edição, saiu com mais de 13 milhões de seguidores e grandes parcerias comerciais, principalmente com a marca Vigor.

Juliette foi a grande vencedora da edição, realizando parcerias musicais com o cantor Chico César, devido à música “Deus Me Proteja”, na qual cantou durante a edição, e vínculos duradouros com o Banco Santander, Avon, iFood e outros.

Afinal, o que aprendemos de marketing com o BBB?

Desde a edição de 2020, o programa tornou-se alvo de estudos e pesquisar sobre marketing digital, televisão, influência e lógica de mercadoria.

O programa deixa explícito o poder que tem de gerir as vendas e tráfegos em sites de marcas que aparecem em diversos momentos do programa. Com publicidade, presentes para os participantes e outros.

Se pensarmos na questão do público-alvo, a chegada de participantes famosos e influenciadores digitais atraiu uma grande massa de pessoas jovens que voltaram à assistir televisão e, seguidamente, comentar e criar trends nas redes sociais. O programa também atualizou a sua linguagem com as pessoas mais jovens, colocando memes, brincadeiras e até dancinhas que viralizaram nas redes.

O storytelling também foi foco dos participantes da edição, criando uma narrativa própria de seus integrantes para conseguirem chegar até a final, como aconteceu com a cantora Manu Gavassi.

A influência, principalmente por ser um programa exibido em horário nobre da televisão brasileira, moldou as perspectivas de amor e ódio, a partir das narrativas e dos acontecimentos, como aconteceu com o cancelamento abrupto de Karol Conká, e a emersão de Juliette, por exemplo.

Com isso, conseguimos perceber que essas temáticas e o poder do marketing e de outros setores da mídia, influenciam e tem um poder imenso durante o programa. A publicidade, o marketing e a influência se desenrolam através das narrativas, dos anúncios e do que se quer ou não mostrar.

E aí, deu para aprender um pouco sobre o poder do marketing dentro da casa mais vigiada do Brasil?

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