Mulheres no Audiovisual Brasileiro

Mulheres no Audiovisual Brasileiro

As mulheres no audiovisual ocupam 40% dos cargos no setor e em 2015 elas receberam em média 13% menos que os homens. Ainda segundo a Ancine, em 2016, 20,3% dos filmes lançados no país foram dirigidos por mulheres, porém metade dessas produções são documentários, o que aponta para uma presença feminina em filmes de menor orçamento. 

Ao direcionarmos a atenção para a cinematografia, os números que encontramos são ainda mais alarmantes, como é possível constatar no banco de dados Mulheres em Equipe de Fotografia Cinematográfica, em construção.

Em um artigo publicado em 2016, a professora da UFF (Universidade Federal Fluminense) apresenta que apenas 4% dos longas brasileiros de ficção lançados entre 1984 e 2014 foram fotografados por mulheres. “A gente fez essa opção metodológica por longas-metragens de ficção por considerar que é o produto mais exibido nas salas de cinema e que em geral tem os maiores orçamentos, maiores remunerações, mais prêmios, mais chance de contribuir para a carreira e também mais difícil de chegar, consequentemente”, explica Nina Tedesco. 

Produtoras Brasileiras Assinaram Compromisso para Igualdade de Gênero no Audiovisual

Durante a 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontece na capital paulista até o dia 2 de novembro, a ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas para a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres, convocou o setor audiovisual a assumir o compromisso de ampliar a participação das mulheres à frente e atrás das câmeras. As produtoras O2 Filmes, Conspiração, Gullane e Pródigo foram as primeiras a celebrar esse compromisso, em parceria com o movimento +Mulheres Lideranças do Audiovisual Brasileiro. O documento foi assinado em um encontro no Cinemateca Brasileira, em 28 de outubro de 2022, das 17h30 às 18h30.

As produtoras assinaram uma carta compromisso, que trazia também um chamado para que outras produtoras brasileiras se unissem à causa. Este compromisso inclui um diagnóstico sobre gênero e raça nas equipes internas em áreas chaves e em suas produções, desde roteiro, direção, produção, até cargos técnicos, bem como em sua estrutura corporativa, para, em seguida, estabelecer políticas que ampliem o número de mulheres diversas em cargos de liderança, com especial atenção para os cargos de direção e roteiro das obras.

Segundo os últimos dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine), as mulheres apresentam baixa representatividade na liderança das obras, com 20% e 25% nos cargos de direção e roteiro, respectivamente. Os dados da agência também apontam que a presença das mulheres negras e indígenas nesses cargos cai para 0% nos longas-metragens.

A mesa contou com a participação de Daniele Godoy, gerente de projetos da ONU Mulheres Brasil; Debora Ivanov, sócia da Gullane e diretora do +Mulheres; Andrea Barata, sócia diretora da O2 Filmes; Renata Brandão, sócia e CEO da Conspiração; e Beto Gauss, sócio-diretor e CEO da Pródigo. A mediação da mesa ficou por conta de Maria Ângela de Jesus, diretora de produção de conteúdo da Paramount.

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